sábado, 8 de janeiro de 2011

ANATOMIA DO JOELHO

1.1 Ossos

Segundo KISNER e COLBY as partes ósseas da articulação do joelho é formada pelo fêmur distal, a tíbia proximal e a patela.
A tíbia é o osso interno e maior da perna, possui um corpo e duas extremidades (HAMILTON 1982); está situada no lado medial da perna e é o segundo mais longo osso do esqueleto.
A patela é um osso em formato triangular que se intepõe às fibras tendíneas de inserção inferior do músculo quadríceps (CASTRO, 1989), é um osso sesamóide, achatado e de contorno quase triangular (HAMILTON, 1982) é visto como osso sesamóide por (1) desenvolver –se em um tendão, (2) apresentar em seu centro de ossificação uma delimitação nodular ou tuberculada, (3) compor-se principalmente de tecido esponjoso denso. Serve para proteger a frente da articulação e aumenta a alavanca do quadríceps femoral, fazendo-o agir em um ângulo maior (GOSS, 1977).
O fêmur é o maior osso do corpo humano, apresentando,duas epífises, proximal e distal e um corpo ou diáfise (HAMILTON, 1982; DÂNGELO e FATINI, 1988).


1.2. Ligamentos e cápsula articular

A cápsula é um tubo fibroso que liga a epífise distal do fêmur e a epífise
proximal da tíbia, é delgada e membranosa posteriormente, enquanto que,
anteriormente, é substituída em grande parte pelo tendão do músculo quadríceps,
patela e o ligamento patelar (DÂNGELO e FATINI, 1988), de cada lado da patela a
cápsula consiste de um retináculo medial e um lateral, que são prolongamentos dos músculos vastos medial e lateral (CASTRO, 1989).
Os ligamentos cruzados são dois ligamentos intra-articulares que não só se
cruzam como, poder-se-ia dizer que se abraçam. Além de cruzarem-se no sentido
antero-posterior, cruzam -se ainda no látero-medial. São chamados anterior e
posterior em decorrência de suas inserções na tíbia (CASTRO, 1989), o ligamento
cruzado anterior insere-se na depressão situada, unindo-se com a extremidade
anterior do menisco lateral, dirigindo-se para trás e lateralmente, vai se fixar, na
parte posterior da face medial do côndilo lateral do fêmur. (GOSS, 1977), o
ligamento cruzado posterior insere-se na área intercondilar posterior da tíbia (atrás
da eminência intercondilar) dirigindo-se em seguida para cima e medialmente, indo a depressão que há lateralmente no côndilo medial do fêmur (CASTRO, 1989) o ligamento cruzado anterior impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia, enquanto que o posterior bloqueia o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia (DÂNGELO e FATINI, 1988).

Os ligamentos colaterais são considerados extra-capsulares, isto é, estão
isolados da cápsula articular. A disposição diferente dos dois ligamentos tem
importância nos movimentos de rotação da articulação do joelho (DÂNGELO e
FATINI, 1988), o ligamento colateral lateral diferentemente do ligamento colateral
medial é separado da cápsula. Ele é uma corda arredondada e dirige-se do
epicôndilo lateral para o lado lateral da cabeça da fíbula (HAMILTON, 1982).
O ligamento colateral medial é um feixe achatado na parte medial da cápsula.
Este ligamento insere-se no epicôndilo medial do fêmur e abaixo, alarga-se e inserese no côndilo medial da tíbia e na parte superior de seu corpo (HAMILTON, 1982). O ligamento patelar é a porção central do tendão comum do quadríceps
femoral que se continua a partir da patela até a tuberosidade da tíbia. As porções
lateral e medial do tendão do quadríceps dirigem-se para baixo, passando de um e
outro lado da patela para se inserirem na extremidade proximal da tíbia em ambos
os lados da tuberosidade, essas porções fundem-se com a cápsula formando os
retináculos medial e lateral da patela (GOSS, 1977), é um ligamento de reforço
anterior que fixa a patela à tuberosidade (anterior) da tíbia (CASTRO, 1989).

1.5. MENISCO

Em cada cavidade glenóide da tíbia, há uma fibrocartilagem intra – articular
que aumenta muito a área articular, além de torná-la mais profunda, que são os
meniscos (CASTRO, 1989), são mais espessos nas suas bordas periféricas, aumentam a concavidade das faces articulares dos côndilos da tíbia que se
articulam com os côndilos do fêmur, têm importante função, tornando mais
congruentes as superfícies ósseas que se articulam (DÂNGELO e FATINI, 1988), o
menisco medial é de forma quase semicircular, um pouco alongado e, mais largo
posteriormente, sua extremidade anterior, fina e pontiaguda, está inserida na fossa intercondilar anterior da tíbia, em frente ao ligamento cruzado anterior, sua
extremidade posterior insere-se na fossa intercondilar posterior da tíbia, entre as
inserções do menisco lateral e do ligamento cruzado posterior (GOSS, 1977).

O corno posterior do menisco lateral dá um prolongamento que é contínuo
com o ligamento cruzado posterior e insere-se no tendão do músculo poplíteo, é
mais largo do que o medial e, suas extremidades são mais aproximadas do que as do medial apresentando-se por isso quase circular (HAMILTON, 1982).

1.6. SUPRIMENTO SANGUINEO

A artéria femoral passa através do hiato tendíneo do músculo adutor magno e penetra na fossa poplítea com o nome de artéria poplítea. É a principal artéria da
região do joelho. Cruza a fossa poplítea com obliqüidade lateral, adjacente à face
posterior do fêmur e, à articulação do joelho os ramos da artéria femoral são os
seguintes:

- Artérias geniculares: estas fazem parte da rede arterial peri-articular do joelho.
São cinco: as geniculares superiores, medial e lateral, geniculares inferiores
medial e lateral e genicular média.

- Ramos musculares: são de pequeno calibre, para os músculos adjacentes,
especialmente as artérias surais que irrigam o gastrocnêmio (DÂNGELO e FATINI, 1988).

Em torno do joelho as artérias geniculares superiores e inferiores se
anastomosam entre si e ainda com o ramo descendente da artéria circunflexa lateral
do fêmur, a descendente do joelho da femoral e a artéria recorrente tibial anterior
para formar uma rica circulação colateral em torno da articulação do joelho, a rede arterial peri-articular do joelho (DÂNGELO e FATINI, 1988).







1.4 MÚSCULOS




Os músculos que fazem parte da articulação do joelho divide-se no músculo reto femoral com origem na espinha ilíaca antero-inferior e inserção na tuberosidade tibial, através do tendão patelar; músculo vasto lateral com inserção na linha áspera e inserção na tuberosidade tibial através do tendão patelar; músculo vasto medial com origem na linha áspera e inserção na tuberosidade tibial, através do tendão patelar; músculo vasto intermediário com inserção no fêmur anterior e inserção na tuberosidade tibial através do tendão patelar.

O músculo semimembranoso com origem na tuberosidade isquiática e origem superfície posterior do côndilo medial e tibial; músculo semitendinoso com origem na tuberosidade isquiática e origem na superfície Antero-medial da tíbia proximal; músculo bíceps femoral com origem : porção longa, tuberosidade isquiática; porção curta, parte lateral da linha áspera e inserção na cabeça da fíbula.

O músculo poplíteo com origem no côndilo lateral do fêmur e inserção posteriormente sobre o côndilo medial da tíbia; músculo gastrocnêmico com origem no côndilo medial e lateral do fêmur e inserção no calcâneo posterior.

Os músculos grácil, sartório e tensor fáscia lata ocupam a articulação do joelho, posteriormente, mas , devido ao ângulo de tração, ao seu tamanho em relação aos outros músculos, não tem função como músculo principal. Todavia, dão estabilidade à articulação do joelho.

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